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terça-feira, 15 de abril de 2008

Música digital se encontra no celular

Enquanto as gravadoras quebram a cabeça para vender música online, operadoras e fabricantes já faturam nesse mercado O Brasil nunca teve tantas lojas de músicas. Em fevereiro, elas já eram mais de 124 milhões. É praticamente mais de uma loja para cada dois brasileiros. Mas espere aí. Todo mundo sabe que está cada vez mais difícil encontrar lojas especializadas em CDs. Não, o Link não enlouqueceu: a cifra acima reflete o número de celulares no Brasil - e, como muita gente tem usado os aparelhinhos para comprar música, nossos telefones já são potencialmente verdadeiras lojas portáteis de música. Em 2007, as vendas de música pelo celular movimentaram R$ 18,5 milhões - 127% a mais do que em 2006, segundo o balanço da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD), divulgado há duas semanas. A receita ainda é pequena, comparada à dos CDs, que foi de R$ 215 milhões. Mas, por outro lado, menos CDs são vendidos a cada ano no País. Em 2005, os brasileiros compraram 46,2 milhões de unidades. Já no ano passado, foram 25,4 milhões. Uma redução de mais da metade em apenas dois anos. 'Estamos em um momento em que se torna muito mais importante entender a música como conteúdo do que apenas o suporte de vendas', analisa José Peña, gerente de novas mídias da gravadora EMI. E qual o papel do celular para renovar a indústria musical? No Brasil, vender música digital pelo celular tem sido uma saída para a queda nos lucros das gravadoras muito mais efetiva do que, por exemplo, as lojas de músicas pela internet. Duas razões até bem simples explicam isso: a pequena quantidade de brasileiros que acessam a rede em casa e a facilidade de pagamento pelas músicas compradas via fone. É que a maioria das pessoas que baixam música pelo celular são os adolescentes, que raramente têm um cartão de crédito para comprar música pela internet, e jovens adultos de até 30 anos. A evolução da tecnologia também contribuiu bastante para a revolução. Desde os primeiros aparelhos capazes de tocar os ringtones mais simples até os últimos modelos que aceitam cartões de memória de até 4 gigabytes e têm botões especiais para controlar as músicas. 'A partir dos truetones (trecho de uma música como toque de celular) as operadoras descobriram que existia uma nova forma de gerar receita. As gravadoras, que estavam desesperadas com as quedas de vendas, entraram com as bandas e foi criada uma combinação', diz Michael Gartner, analista do instituto de pesquisas Gartner. A mudança que os telefones trouxeram é tão impactante que já tem gente abandonando o tocador de MP3 para escutar música só pelo celular, o caso de Ernesto Ariwitzki, de 28 anos. Depois de comprar seu celular musical, nunca mais usou seu tocador MP3. O Link foi atrás das gravadoras, operadoras, fabricantes de celulares, artistas e especialistas para entender por que os telefoninhos têm feito tanta gente dançar. Quer saber ainda quais são os melhores celulares musicais? Confira um teste com quatro dos principais modelos. Abra o flip e dê o play. RANKING DOS HITS MAIS BAIXADOS Para fazer sucesso no telefone, a música tem de estar na boca do povo. Entre as faixas mais baixadas em celulares, nada de revelações ou surpresas - prevalecem nomes bem conhecidos do público. Do rock ao axé, há espaço tanto para sucessos das baianas Pitty e Ivete Sangalo quanto para músicas de Armandinho, MC Créu e Rihanna.

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